Sirrah, senhor! Aposto que os Dardanelos desse puto do "Inventias"[sic] nunca leram uma linha de um dos meus livros! O que todo seu balbuciar quer dizer? O que eu tenho em comum com Sade, Sartre, Milner ou o Papa? Será que esse imbecil sabe algo sobre eles? Ele já leu eles? Eu acho que não. Ele pode escrever? Certamente não. Ele murmura coisas sem pé nem cabeça, escreve Deus sabe o que! Ele é pago! Ele confunde tudo, não entende nada, joga tudo para fora de uma maneira estúpida, cascas, e aqui estamos nós. Só de pensar que grandes impérios empregam esse tipo de besta... E como deveria ser com os mais importantes? Eu gostaria de falar sobre todas essas coisas tristes com o Dr. Braun ou Mr. Sokoline, que eu conhecia bem... Eles ficariam embaraçados... Que idiotas aqueles crassos do 'Inventias" são! É assim que estamos com o existencialismo! Bang! Weez! Voltaire! Boom! A lua! Que confusão! Que vergonha!
Eu não me importo em fazer um outro leve esforço, que é um gesto de suprema bondade para os soviéticos, para corrigir um pequeno detalhe na História da Literatura Francesa para eles, aí então eles não mais zombarão disto. "Céline-o-literário-zero" irá ensiná-los (uma vez que eles não sabem nada, nem mesmo suas próprias preocupações, eles babam em-si mesmo!) que Viagem ao fim da Noite foi lançado através de um artigo publicado por Georges Altman e Henri Barbusse no seu Le Monde comunista em 1934. Os artigos de Daudet, Descaves ou Ajalbert só vieram mais "tarde". Eu, aliás, sempre tive relações muito cordiais com Altmann. Em segundo lugar, devo ensinar-lhes que Viagem foi totalmente traduzido pelos Soviéticos (nunca me perguntaram o que eu pensava sobre isto!) e que os tradutores eram nada menos que Elsa Triolet e seu marido Aragon - que não hesitou em retocar meu texto conforme as necessidades de sua propaganda.
Por acaso, os Soviéticos ainda me devem dinheiro por essa tradução. Antes de discutir com as pessoas seria uma boa ideia pagar-lhes a dívida pendente. Para começar! Não estão os "Investians" cientes que embora eu seja um "criminoso fascista", "todos os meu livros" foram "proibidos" na Alemanha após a chegada de Hitler e em todo o reinado Hitleriano? Será que eles conhecem o meu último editor "alemão" Julio Kittel, um judeu que fugiu para Marich-Ostrau, Morovia (1936)?
Tal estupidez desencoraja polêmicas e é fácil entender porque a palavras proferida está agora reservada às bombas, minas e o dilúvio!
Com os melhores cumprimentos,
L.-F. Céline.
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